Republicações do Terra

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11 de março de 2009

Campeão Também !


Em 1946, meu pai, Milton Pedro Gomes, venceu um concurso aéreo promovido pelo (então rebatizado) Iate Clube do Rio de Janeiro.

A prova consistia em manobras e acrobacias aéreas realizadas sobre a Baía da Guanabara. Inclusive, contava meu pai, houve a participação de uma mulher aviadora que deu trabalho durante a prova. Ela foi uma excelente adversária.

2 comentários:

  1. Quem era o fotógrafo oficial da família ? Estátudomuito bem registrado.

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  2. Na foto, o cidadão que entrega a taça ao jovem Milton Pedro Gomes me parece ser Joaquim Pedro SALGADO FILHO,que foi o primeiro ministro da Aeronáutica (único ministro que foi civil, daquela "pasta", como se dizia)- Ministério criado em 20 JAN 1941, com a fusão da Aviação Naval (da Marinha) e da a Aviação Militar (do Exército). É perfeitamente lógica a presença do ministro da Aeronáutica, naquele tempo, prestigiando um evento dessa natureza. Havia necessidade, mais do que hoje, de incentivar a juventude para a aviação. Salgado Filho foi ministro da Aeronáutica de 20 JAN 1941 a 30 OUT 1945. Logo, se realmente é Salgado Filho que está na foto (tenho quase certeza que sim), é muito provável que esse concurso tenha ocorrido enquanto ele ainda era ministro, isto é, até 30 OUT 1945 (e não em 1946; pode ter havido engano relativo ao ano da foto).

    Curiosidades: Salgado Filho faleceu em 30 JUL 1950, em um acidente aéreo no interior do Rio Grande do Sul, quando voava (como passageiro)de Porto Alegre para São Borja, onde se encontraria com Getúlio Vargas (de quem fora ministro). Foi durante a campanha política de 1950 e Salgado Filho concorria a governador do referido Estado sulino, pelo qual era senador; Vargas, por sua vez, que então não era mais presidente (vivia em sua fazenda, em São Borja, pois tinha sido deposto em 30 NOV 1945)concorreu a presidente da república, em 1950, sendo eleito (depois, diante de uma crise político-militar, em 24 AGO 1954 suicidou-se).
    O ex-ministro viajava em um avião Lodestar, da empresa Savag, de Porto Alegre, pilotado pelo experiente e hábil comandante Gustavo Cramer (dono da empresa). O tempo estava ruim (era inverno), a visibilidade era pouca ou nenhuma, e o experiente comandante desceu muito, para "ciscar", como se diz em aviação (baixar até enxergar o solo, para se orientar).

    Segundo um escritor,

    "Cramer conhecia, literalmente falando, cada metro do território gaúcho. [...]Cramer teria olhado para o cronômetro e calculou que já ultrapassara o pico São Xavier, além do qual só havia as coxilhas suaves do pampa gaúcho, e mergulhou no colchão de nuvens. O velho Lodestar, fiel à sua construção de tijolo aeronáutico, entrou a pleno no morro."

    Esse acidente aconteceu no município de São Francisco de Assis - RS. Nele morreram os seis passageiros e os quatro tripulanres do Lodestar.

    (O trecho entre "aspas", acima, foi extraído do livro "Acidente no Morro do Chapéu: A Queda do Constellation da Panair em Sapucaia do Sul",de autoria de Abrão Aspis, Editora Academia Gravatalense de Letras, Porto Alegre, 2007).

    Esclareço que o livro acima mencionado só fala "en passant" do acidente que vitimou Salgado Filho, pois como seu próprio título e subtítulo indicam, trata basicamente de um outro acidente, ocorrido com um Constellation da Panair, em 28 JUL 1950 (dois dias antes), que se chocou com o "Morro do Chapéu", em Sapucaia do Sul - RS, na grande Porto Alegre, quando encontrava dificuldades para pousar nessa capital(já tinha feito várias tentativas), também devido ao mau tempo.
    Esse acidente do Constellation da Panair, procedente do Rio de Janeiro com destino a Porto Alegre, teve grande repercussão, na época, pois morreram nele 44 passageiros e sete tripulantes, todos os seus ocupantes.
    Por muito anos, foi o maior acidente da aviação civil brasileira. O Constellation era pilotado pelo comandante Edu, muito famoso na época, principalmente no Rio de Janeiro, onde era a sede da Panair.

    Vejam, dois dias depois ocorre outro acidente, no mesmo Estado, desta vez causando a morte de um ex-ministro da Aeronáutica, senador e candidato a governador do Estado.

    Dá para imaginar a repercussão...

    Seria interessante consultar a Revista Cruzeiro, da época, que noticiava esses fatos... bem como os jornais daqueles dias.
    Ainda vou fazer isso...
    Desculpem ter me alongado muito.

    João Alberto

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