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16 de maio de 2015

Tiro ao Alvo

Postado por PGomes em 26/12/2009 03:12


Tiro ao Alvo - Fundo do Baú
Os dias seguintes ao Natal era hora de curtir os briquedos que havíamos ganhado e este era um fácil de receber. Consigo lembrar de pelo menos três Natais, em que ganhei esse tipo de arma de brinquedo, que atirava setas com pontas de borracha. 

Uma era assim pequena e azul, as outras eram maiores e vermelhas. Eram de Espião. Essas vinham com um alvo do tipo "acerte na mosca" ou no centro. 

Era um tempo que brincar de "Polícia e Bandido" ou Cowboy só causavam discussões assim: 
- Acertei você ! 
- Não acertou, não ! 
- Acertei, quando você mostrou a cabeça! 
- É nada, eu "tava" atrás do sofá ! 
- Mâââeee, o ..... não sabe brincar ! 
E por aí ficava a discussão para recomeçar de novo 10 minutos depois. 

Mas eu gostava mais de acertar alvos ou outros objetos não quebráveis, é claro. Até amarrava um barbante de uns 3 ou 4 metros ligando a seta e o cano do revólver, tentava fazer a seta grudar no objeto, com a ajuda de um pouco de saliva, para não dizer outra coisa, e puxava para perto quando conseguia. 

Pena que não tenho mais esses brinquedos guaradaos de recordação, ainda tenho outros mais legais que precisam ser fotografados e algum dia publicados. 

A foto é do site www.briquedosraros.com.br



Comentários (19):

Em 26/12/2009, às 05:30:42, Luiz D´ | página pessoal disse:

Grande "do fundo do baú"!

Dá até para lembrar o barulho da seta sendo encaixada no cano do revólver, que funcionava por meio de uma mola.

Era difícil acertar um alvo a média distância pois a seta perdia muita velocidade. Mais difícil ainda era ela grudar no alvo.

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Em 26/12/2009, às 07:05:20, FlavioM | página pessoal disse:

Grande lembrança! Tinha um bem sofisticado, com 4 setas, em um tipo de "tambor" que girava. Se não me engano, o nome era "Pim-Pam-Pum".

Essa de amarrar a seta com barbante veio mais ainda do fundo do baú... Mas aí é que não se acertava mais nada.

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Em 26/12/2009, às 08:09:12, Alcyone disse:
É uma pena que as crianças de hoje em dia, não curtam mais esse tipo de brinquedo. As brincadeiras atualmente são na frente do computador ou sentados por horas a fio, jogando os video games malucos, que eles amam tanto.

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Em 26/12/2009, às 09:06:10, JBAN disse:

Que saudades da minha Luger ! Vivíamos atirando essas setas com ventosas para todos os lados, para o desespero de minha santa mãe. Quando as setas "sumiam", era um sossego.

Grande Fundo do Baú !

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Em 26/12/2009, às 10:31:01, jose eduardo silveira | e-mail disse:
O curioso é que a garotada ( Eu inclusive ) utilizava "outros" alvos tambem onde a seta com cabeça de ventosa colava bem , exemplo , a porta da geladeira. Se botasse um pouquinho de cuspe ficava mais tempo presa.....bleargh!!!!!!!

Realmente conforme ja mencionei anteriormente em outros posts , a molecada atualmente é digna de pena pois não tem mais acesso a brinquedos deste nivel, hoje é tudo eletronico e via de regra as ações se passam ou na frente de uma TV ou de um monitor de computador. Via de regra são jogos que exaltam a violencia e a competitividade selvagem em que os eventuais escrupulos individuais são deixados na mesinha de cabeceira. Por outro lado a educação como um todo afundou igual ao Titanic pois se ve a cada dia a criançada totalmente sem limites , so conversam aos berros , ouvem musica ( ou o que eles consideram musica....) no ultimo volume -dane-se quem estiver perto , os cumprimentos sociais basicos como "por favor" , "bom dia" ou "muito obrigado" foram solenemente abolidos substituidos por linguagens cifradas e grosseiras como "i , u cara!" , "caraca" e outras coisas dignas de serem decifradas pelos Irmãos Villas Boas.

Da minha parte , Eu ja criei o meu e tenho orgulho do trabalho final. O que vejo consternado nos dias atuais é o virtual abandono de uma geração inteira largada a propria sorte ou aos cuidados "tecnicos" de empregadas domesticas , os Papais de hoje não tem mais tempo pois via de regra todos trabalham , e o tempo restante é usado para diversão pois ninguem é de ferro, os dialogos vão minguando e a maioria se escuda na desculpa esfarrapada e calhorda de que " o mundo e a vida vão ensinar tudo que for necessario".
Felizmente meus saudosos Pais não pensavam assim e de minha parte , consegui ainda passar tudo isso para a frente devidamente ajudado pela minha Dignissima Dona Encrenca ( com todo carinho!!!)..

Bons tempos dos brinquedos que divertiam e faziam pensar!

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Em 26/12/2009, às 10:44:31, FlavioM | página pessoal disse:

Corrigindo o JBAN:
Quando as setas sumiam, aí descobríamos que dava para usar um lápis...-

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Em 26/12/2009, às 11:00:46, Lavra disse:
Hoje, esses brinquedos são considerados politicamente incorretos. Tive um verdadeiro arsenal e muita munição de espoleta.

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Em 26/12/2009, às 11:25:09, Pgomes | página pessoal disse:

FlavioM, o meu irmão ganhou uma dessas que você mencionou e ele era bonzinho e me emprestava.

Lavra, tinhamos também de espoleta, era toda de ferro e esta sim parecia de verdade, usava um rolo de papel com espoletas, cada três tiros, um funcionava., isso quando não enroscava.
Politicamente incorreto é muito chato, tirou a graça de um monte de coisas. Brincava e nem por isso afetou minhas convicções ou meu caráter.

P.S. -Um amanhecer na lagoa:
http://riodeoutrosjaneiros.blogspot.com

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Em 26/12/2009, às 12:31:39, NALU disse:
Lembrei do cheiro da espoleta deflagrada. Até eu gostava, embora esses brinquedos fossem do meu irmão. Gostoso mesmo é acertar latinhas com uma espingarda ou pistola de ar comprimido. Era divertido, mas hoje é inimaginável.

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Em 26/12/2009, às 12:50:02, Pgomes | página pessoal disse:

Além das citadas, tinha também duas pistolas "espaciais" que o gatilho impulsionava uma pedra de esmeril e soltavas faícas pelo cano.
Duas "gordinhas de borracha, para lançar bolinhas de ping-pong.
Uma espingarda de "rolha".
Algumas de espirrar água.
E mais algumas que eram só de plástico simples ou que faziam algum barulho.
Era um verdadeiro arsenal.

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Em 26/12/2009, às 14:12:28, Helio Ribeiro disse:

Eu sempre pedia para Papai Noel um cinturão de cowboy com dois revólveres. Jamais consegui ganhar um. Então eu pegava os coldres de dois cinturões simples e invertia um dos coldres, simulando um cinturão com dois revólveres. O problema é que o da esquerda, por estar invertido, obrigava o revólver a também ficar invertido, ou então mal encaixado para ficar na posição ideal.

Nossos cavalos (da turma que brincava de cowboy) eram vassouras com barbante amarrado no cabo, imitando rédeas. Quando "cavalgávamos" a piaçava ou, melhor ainda, os pelos da vassoura levantam poeira. Era a glória!

E os rolinhos de espoleta eram um fiasco total. Como disse o Pgomes, raramente funcionavam. E somente alguns tipos de revólver tinham adaptação para elas.

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Em 26/12/2009, às 14:17:51, Helio Ribeiro disse:

As espingardas de ar comprimido também eram boas, mas para outro objetivo. Eu usava para atirar nas casas de marimbondo que havia na platibanda do telhado de onde eu morava. Dava um tiro através janela e a fechava rapidamente, antes que os marimbondos furiosos me localizassem e partissem para cima de mim.
Também usava a espingarda para tiro ao alvo com uns projéteis que eram uns tipos de dardo com uma pluma atrás.
Mas nunca, jamais, alvejei pássaros, gatos, cachorros ou animais assim.

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Em 26/12/2009, às 14:25:51, Helio Ribeiro disse:

E os gibis de cowboys que nos serviam de inspiração? Eram tantos: Gene Autry, Hoppalong Cassidy, Ken Maynard, Roy Rogers, Zorro (o cowboy, não o espadachim), Cavaleiro Negro, Kit Carson, Kid Colt, Durango Kid. Meu herói sempre foi o Kid Colt. Já meu irmão preferia o Kit Carson.

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Em 26/12/2009, às 14:47:10, Gustavo Lemos disse:

Hélio, ainda tenho a minha espingarda de ar comprimido Diana. Só que infelizmente não fui bonzinho como vc.

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Em 26/12/2009, às 15:05:37, Alcyone disse:
Gustavo! Eu que te achava um menino tão bonzinho! Não acredito que você fazia uma maldade dessas com os bichinhos.
Dos brinquedos que meus filhos tiveram, o que eu mais curtia era um foquete, que era armado no chão e com o pé a gente soltava. Ele subia muito alto e depois na descida, um paraquedas abria e ele vinha caindo suavemente. Só que sempre caia longe. Eu adorava brincar com aquilo.

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Em 26/12/2009, às 15:07:24, Alcyone disse:
FOGUETE

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Em 26/12/2009, às 17:47:38, JBAN disse:


FlavioM, essa do lápis foi antológica... Valia tudo mesmo.

Tive um foguete que era acionado por uma espoleta colocada entre dois estágios. Ao ser arremessado contra o chão a espoleta estourava e o foguete era impulsionado para muito alto e muito longe. O brinquedo não durou muito. Nunca mais o achamos.

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Em 26/12/2009, às 19:31:09, Helio Ribeiro disse:

Essa história do foguete do JBAN me lembrou um equipamento manual de compactação chamado "sapo": era, em linhas gerais, um cilindro dentro do qual havia um pistão. Na parte de baixo havia uma sapata redonda, ligada ao pistão. Em cima havia uma espécie de guidon, com um dispositivo parecido com um freio de bicicleta e que liberava combustível. Uma vez ligado, o "sapo" dava um pulo e ao cair a sapata compactava o solo e ao mesmo tempo comprimia o pistão. Com o operador acionando o dispositivo no guidon, havia nova explosão e o "sapo" subia, reiniciando o ciclo. Mas era necessário manter o "sapo" sempre na vertical, pois em virtude do seu peso se ele se inclinasse era capaz de derrubar o operador.
Uma vez um operador novato estava manuseando o equipamento quando, por inexperiência, deixou que este saísse da vertical. Em consequência, levou um "soco" no queixo, quando o "sapo" subiu, e caiu desmaiado no chão.

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Em 26/12/2009, às 22:01:18, Gustavo Lemos disse:

Alcyone, eu jamais daria uma espingarda de ar comprimido para uma criança. Ganhei a minha aos nove. Na verdade não matei animais, mas em compensação não sobrou uma lãmpada externa das casas dos vizinhos. Só atirei uma vez em um cachorro de um vizinho dos fundos que latia a noite inteira.

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